Onde estão os Protestantes?

Os “evangélicos” estão perdendo a referência do que é pecado!

Tudo é relativo, forma de interpretação ou experiências pessoais. A palavra do Senhor é menos importante que a necessidade humana.


2º Timóteo 4:3 e 4

Porque virá tempos em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando-se as fabulas.

domingo, 4 de março de 2012

Mulheres das gerações X e Y brigam por espaço nas empresas

 
A experiência prática e o preparo acadêmico tornou os profissionais da geração X (com idades entre 30 anos e 45 anos) os legítimos herdeiros dos postos de liderança disponíveis desde a aposentadoria dos baby boomers, geração nascida entre 1946 e 1964. A convencional substituição de uma geração de executivos por outra, que deveria transcorrer na mais perfeita tranquilidade, teve o curso alterado por uma nova disputa de poder. Questionadores e com pressa para ascender na carreira, integrantes da geração Y (com idades entre 20 anos e 29 anos) passaram a disputar cargos com o profissional X.
Na região da Grande São Paulo, a pesquisa qualitativa Convivência no mercado de trabalho, conduzida pela empresa de pesquisa Bridge Research – realizada com mulheres das classes A e B, pertencentes às gerações X, Y e Z – mostrou que as profissionais paulistanas de três gerações têm dividido espaço físico, cargos e desafios em um ambiente corporativo altamente competitivo.
A convivência, muitas vezes, constitui um conflito multigeracional que está sendo ditado pela forma com que cada geração lida com questões pessoais e profissionais. Em comum às gerações, a falta de planejamento da carreira; a escolha é feita muito cedo, o que impede a definição de um plano maduro para a carreira.
E como age cada profissional? Assertiva, a chefe X costuma ser objetiva, comprometida com resultados, competitiva e responsável. A Y apresenta a faceta mais humana do ambiente coorporativo, mostrando-se acessível, bem informada, flexível e adaptável – uma profissional preparada para o trabalho em equipe por buscar soluções para problemas comuns à equipe. A estagiária Z (nascidas nos anos 1990) é a profissional com mais energia em estado bruto.
“A estagiária Z busca o crescimento por meio do aprendizado e enxerga as primeiras experiências profissionais como uma oportunidade de traçar um caminho possível para o desenvolvimento da carreira”, afirma Renato Trindade, presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa.
A análise comportamental mostrou que enquanto as profissionais da geração X colocam a carreira em primeiro plano, a prioridade das Y – no início de carreira, especialmente – é equilibrar a vida pessoal e a profissional.
“Essas mulheres se preocupam em não cometer os mesmos erros da geração passada, ou seja, acreditam que a X abandonou a família em detrimento da carreira”, afirma Trindade, acrescentando que as mulheres da geração Z têm comportamentos infantis com relação ao trabalho. De acordo com o coordenador da pesquisa, para a X o trabalho é fonte de realização e status; a Y associa a carreira com a afirmação da maturidade perante a sociedade; e a Z acredita que o trabalho é um mal necessário.
“No tocante à família e amigos, enquanto a X relega a vida pessoal a segundo plano, a Y vive um momento em que as responsabilidades cotidianas roubam o tempo que gostaria de dedicar às pessoas queridas. Para a Z, a vida ainda está dentro de uma zona de conforto, na qual os pais são a principal referência e os amigos a prioridade”, detalha o executivo. Enquanto os relacionamentos da mulher X são permeados pela esfera profissional – e limitados ao tempo disponível –, a Y procura manter uma vida social mais ativa. Em contrapartida, a Z mostra um descompromisso total com as obrigações cotidianas.
Angústias profissionais da Y
Quando o tema versa sobre angústias profissionais, a Y mostra que o gatilho está na necessidade de saber qual será o próximo passo a ser dado. A questão “como acertar sempre?” está sempre presente, especialmente porque as mulheres dessa geração baseiam suas escolhas no acaso – não necessariamente nos dados mais adequados para atingir metas.
Embora pareça utópico, as Ys sonham com a criação de uma carreira estável e financeiramente segura. Aspiram fazer cursos fora do Brasil, ser promovidas e ganhar mais. Ao mesmo tempo não deixam de lado o desejo de constituir família. “O mundo maduro ainda apresenta mistérios para a bem informada profissional Y”, analisa Trindade.
O que é realmente importante no mercado profissional? Para a X, o mais relevante é “fazer acontecer”. Como são realizadoras naturais, essas profissionais sentem prazer em executar projetos por pura paixão. Crescer e ganhar dinheiro é a mola propulsora da Y, simplesmente porque dinheiro é sinônimo de estatus e reconhecimento; trata-se de uma geração altamente ligada ao modelo de negócios atual. As jovens Z valorizam o acesso às oportunidades de ingressar e ascender no mercado profissional.
“Não têm clareza para traçar estratégias profissionais, mas desejam encontrar uma oportunidade”, avalia Trindade.
Influenciadores e modelos corporativos
Quem são as pessoas que mais influenciam, no ambiente corporativo, as diferentes gerações de mulheres? A pesquisa mostra que os influenciadores mudam de acordo com o estágio da carreira. Para a X, o mentor é escolhido por critérios de admiração e empatia.
“Esse profissional inspirador, que geralmente ocupa uma posição de liderança, direciona e ajuda a X a ponderar sobre importantes decisões; trata-se de um chefe que se torna uma referência para a troca de ideias. No caso da Y, o modelo é a figura de maior destaque e, algumas vezes, “inatingível”.
Na prática, é uma pessoa que oferece um modelo a ser seguido, embora não haja uma relação de troca. Pode ser um executivo de uma grande corporação mundial ou um estadista – Steve Jobs ou Bill Clinton, por exemplo”, detalha Trindade. No caso da Z, o influenciador é associado a um protetor, uma figura paterna que pacientemente ensina, protege e prepara a jovem profissional para a dura realidade corporativa. “É o professor que tangibiliza a teoria aprendida na faculdade”, define Trindade.
Nesse cenário multigeracional, a transição entre o ambiente formal – apontado na pesquisa como status quo – para um espaço inovador, caracterizado pela quebra de paradigmas, tem gerado conflitos, sobretudo pelos diferentes modelos de liderança.
Para a profissional X, o modelo atual de liderança não é integralmente eficiente, sobretudo no que diz respeito ao gerenciamento do tempo, e permanece sendo pautado pelo dinheiro. Para a Y, o modelo atual de liderança é time consuming, ou seja, existe um grande investimento em horas trabalhadas e tempo de dedicação para o reconhecimento. O conhecimento, nesse caso, é mais empírico que acadêmico. A Z, por sua vez, acredita que o modelo de liderança atual é exigente demais, excessivamente formal e presencial.
Como uma geração pode aprender com a outra?
O ambiente corporativo do futuro requer uma mudança de comportamento de ambas gerações. Segundo Trindade, desafios e competições à parte, a convivência das três gerações pode dar origem a um dream team; uma equipe na qual as diferentes competências e características das profissionais se completem.
O executivo dá indícios de como essa mudança de conduta pode auxiliar as empresas e as profissionais a crescerem com a diferença. “Motivada pelas Y e Z, a profissional X deve estar pronta a quebrar paradigmas e criar novos modelos de eficiência. Para isso, precisa focar na adaptabilidade. Pronta para mudar o cenário atual, a Y deve colocar a alta capacitação técnica e acadêmica a serviço da equipe. A profissional Z, considerada a mais maleável, está apta a lidar com a diversidade e as novas características do mercado corporativo”, afirma Trindade, defendendo que na diversidade está a solução não o problema.
O peso dessa transformação do ambiente corporativo está sob a responsabilidade da profissional Y, de acordo com Renato Trindade. “Ao lidar com a chefe X, a Y deve evitar o apego apenas ao saber acadêmico e a arrogância, deve mostrar respeito à hierarquia, comprometimento, reciprocidade, flexibilidade e dedicação.
Com as parceiras Y, evitar engessar o trabalho e processos rígidos e comportamentos autoritários. As parceiras valorizam o trabalho em equipe, as novas soluções de ver o mundo e o jogo de cintura; são profissionais que gostam de inovações tecnológicas e evolução acadêmica”, salienta o executivo.
No caso das estagiárias Z, as Ys devem motivá-las, apresentar novidades, novas formas de fazer as coisas. Em contrapartida, evitar alteração de humor. “As jovens Z não estão preparadas para lidar com críticas, obstáculos e pressões; elas não sabem como agir se a Y fizer críticas muito duras”, afirma Trindade. Site: www.bridgeresearch.com.br

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